“A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas.”


Rudolf Steiner

 

Pedagogia Waldorf

A pedagogia Waldorf, criada pelo filósofo Rudolf Steiner, tem como base o desenvolvimento sadio da criança, com um currículo estruturado para formar adultos capazes de enfrentar os desafios contemporâneos com criatividade, ética e coragem.

Na Grão Saber a pedagogia é vivida considerando o tempo e o espaço em que vivemos, onde o enriquecimento do pensar é vivido junto com a força do agir e do aprender a reconhecer e a lidar com os sentimentos.

O Pensar, sentir e querer são cultivados desde o jardim da infância nas escolas Waldorf, sempre com respeito às particularidades de cada faixa etária. As artes, os trabalhos manuais e as atividades ligadas ao fazer estão presentes em toda a trajetória do aluno na escola.

Educação Infantil

De 2 a 6 anos

Nesta idade a criança é pura vontade e movimento. As jardineiras (professoras e auxiliares da turma) proporcionam um ambiente natural, aconchegante e protegido para as acrianças. Nesta fase eles aprendem que o mundo é bom e o ritmo necessário para um desenvolvimento salutar.

Ritmo e ordem

Na Pedagogia Waldorf, ensinar ritmo é ajudar a criança a transitar entre momentos de expiração (expansão) e inspiração (recolhimento).
As atividades em casa devem seguir este ritmo de forma harmoniosa, e os pais devem observar os filhos para ajudá-los no transitar de um momento para o outro. O tempo em cada momento do ritmo depende da idade da criança.
 

Ritmos anuais

Nos primeiros sete anos, tempo e espaço serão vivenciados de forma bem orgânica e concreta, através do ritmo impresso pelas sequências de atividades propostas.
Esse ritmo é constituído basicamente de atividades de concentração e de expansão, que sucedem em constante dinâmica, acompanhando o ciclo da natureza em seu ritmo de inspiração e expiração, dia e noite, vida e morte, verão e inverno, etc. Através dessas atividades harmonizaremos as vivências de polaridades tais como: dormir e acordar, claro e escuro, dentro e fora, contração e expansão.

No dia-a-dia, as repetições de tarefas e de movimentos estabelecerão os hábitos – a memória inconsciente corporal que permanecerá por toda a vida.

Nos primeiros sete anos, tempo e espaço serão vivenciados de forma bem orgânica e concreta, através do ritmo impresso pelas sequências de atividades propostas.

Esse ritmo é constituído basicamente de atividades de concentração e de expansão, que sucedem em constante dinâmica, acompanhando o ciclo da natureza em seu ritmo de inspiração e expiração, dia e noite, vida e morte, verão e inverno, etc. Através dessas atividades harmonizaremos as vivências de polaridades tais como: dormir e acordar, claro e escuro, dentro e fora, contração e expansão.

No dia-a-dia, as repetições de tarefas e de movimentos estabelecerão os hábitos – a memória inconsciente corporal que permanecerá por toda a vida.


Ligação a Natureza

No convívio com a natureza a criança desenvolve o seu livre brincar, a imaginação, o cuidado com o meio ambiente e aos poucos ela percebe que faz parte de um todo.

Contração e expansão

No jardim Waldorf contração e expansão fazem parte do dia a dia favorecendo o desenvolvimento integral da criança. O brincar dentro e fora já trazem estes movimentos desenvolvendo confiança e segurança na criança. O ritmo entre atividades de contração e expansão segue o ritmo cardio respiratório do coração e pulmão. Quando o ser humano respeita essa pulsação ele se insere no ritmo natural e adquire saúde física e emocional. Um exemplo é o ritmo diário no jardim de infância.

Sinais de prontidão

Quando se fala de prontidão para a alfabetização se pensa em leitura e escrita, mas e muito mais que isso. E perceber sensorialmente formas, orientar-se no espaço, perceber direções, lateralidade e ter equilíbrio. É orientar-se com ritmo, saber ouvir, estar atento, ter concentração e sobretudo é conhecer o sentido do que está percebendo.

As brincadeiras de corpo como rolar no chão, se arrastar, engatinhar, cambalhotar, andar, correr, pular, subir e descer escadas e árvores, pular corda, colaboram para a aquisição da coordenação motora, para o equilíbrio e a percepção corporal de si e sua relação com o espaço ao seu derredor.

 

Imitação

A criança é pura imitação. É por isso que os pais e professoras devem ser dignos de ser imitados. A criança brinca ao imitar e quer brincar imitando. O que é mais importante nesta idade é que a criança precisa é imitar a vida.

Ensino Fundamental

Dos 7 aos 14 anos

Nesta idade a criança passa por um processo de transição e se interessa por descobrir o mundo, a escrita, os sinais de trânsito, o diálogo entre as pessoas, o porquê e como tudo acontece em seu entorno. Neste período aprendemos que o mundo é belo e é por isso também que professor apresenta as crianças a alfabetização, a introdução dos números, a observação da natureza, a retrospectiva da história humana e seus desafios, conquistas, características étnicas, culturas e os diversos ambientes.


Professor Guia

O Professor Regente acompanha os alunos de sua turma todos os anos, como um guia no caminho em busca do conhecimento mútuo. Nesta jornada o professor se prepara para as aulas, ele vivencia o conhecimento através da experiência que será a base e referência para que a criança também se motive a fazer o mesmo, em busca de sua auto educação.


Histórias

Na PW as histórias são alimento para a alma, são elas que trazem vitalidade para as crianças ao serem contadas pelos professores. Isso possibilita que a criança se identifique e possa observar seus próprios sentimentos, desenvolver a sua imaginação e também encontrar soluções para suas próprias dúvidas e inquietações. As crianças se transportam para o seu interior, se vêem através dos personagens e passam a compreender melhor a si e o mundo ao seu redor.


Convívio

É através da interação com o outro que aprendemos a atuar no mundo.
Na escola, as crianças, pais e professores aprendem desde a sala de aula até as atividades desenvolvidas de forma colaborativa para a escola, como: mutirões de manutenção e reforma do espaço físico, em reuniões de época com o professor regente e pais da turma, em ações sociais para arrecadação de fundos para escola e formação continua dos professores. Neste ambiente aprendemos a desenvolver o respeito uns pelos outros, a ouvir e nos expressarmos com transparência, a lidar com as situações desafiadoras, com as oportunidades de mudança e de fazer melhor a cada dia. Na escola Grão Saber entendemos que as relações e convívio são tão importantes para nosso desenvolvimento e das crianças quanto o que está no currículo, por isso os pais tem como referência o contato direto com o professor regente e são convidados a participar diretamente da educação de seus filhos.
Cada ser em si carrega um mundo, que pode ser descoberto através da interação social e das diferentes perspectivas.


Arte aprendizagem

É através da arte que a criança aprende a se expressar e admirar a beleza do mundo. Na pedagogia waldorf as crianças estão constantemente em contato com a música, pintura, desenho, teatro e trabalhos manuais. Assim como as histórias, a arte proporciona a criança um alimento, trabalha suas emoções e desenvolve sua expressão corporal.


Épocas

Nas escolas waldorf, durante todo o ano letivo, o ensino acontece em épocas e cada época dura de 4 a 5 semanas. Este período se assemelha ao ciclo lunar, proporcionando que criança e professor aprofundem o conhecimento sobre uma mesma matéria ou tema de forma interdisciplinar. Ao fim de cada época as experiências e conhecimentos adquiridos pela criança “descansam” para que uma nova época de experiências possa ser iniciada e assim, sucessivamente, os conteúdos serão absorvidos de forma alternada e “impressos” integralmente no corpo da criança.


Interdisciplinaridade

A tarefa do professor waldorf é a de proporcionar experiências e o ambiente necessário para a autoeducação de seres integrais. Isto quer dizer que cada atividade proposta precisa levar em consideração que as crianças são dotadas de pensar (cognitivo), sentir (nossas emoções) e o querer (exercício da vontade de atuar no mundo), para isso o conteúdo curricular é apresentado de forma interdisciplinar, do macro para o micro, do todo para as partes e assim a criança vive primeiro a prática para depois entender a teoria. Na Época “Do grão ao pão”, a criança é convidada a periodicamente fazer o pão em casa ou na sala de aula. De forma interdisciplinar ela é convidada a primeiro escrever a receita português: linguagem, expressão, escrita), depois ela observa e reúne o número de ingredientes para fazer o pão e surge a matemática: raciocínio lógico, soma, multiplicação, quantidades), após ela faz o pão, com suas próprias mãos, exercitando sua corporalidade, sentindo a textura, provando a massa através do paladar, olfato, surge a satisfação de ter feito algo por si mesma, e também a motivação e vontade de aprender melhorar a receita a cada dia.


Aprender em movimento

Hoje sabemos o quanto o movimento é importante para o desenvolvimento corporal da criança. Nas grandes metrópoles, as pessoas estão cada vez mais limitadas ao espaço e movimento, moradias cada vez menores e concretadas, locomoção sendo feita por ônibus ou carros ao invés da caminhada, fizeram com que as necessidades de movimento nos anos iniciais ficassem comprometidas e cada vez mais lacunas no desenvolvimento humano são observadas. Este foram alguns das razões pelos quais o aprender em movimento surgiu.

Ao invés de cadeiras e carteiras foram introduzidas almofadas e bancos de fácil mobilidade e também versáteis em sua forma de utilização. Na sala em movimento os bancos se transformam em cavaletes, travas de equilíbrio, mesa do lanche, palco e até mesmo camas, ora como carteiras para os alunos utilizarem seus cadernos ora afastados proporcionando o movimento das crianças em roda com a professora. A possibilidades são diversas e assim a criança consegue aprender e se movimentar com naturalidade, inclusive fortalecendo sua musculatura, postura e retidão.